Artigo

Eleitor, cuidado

Por Marcelo Oxley - Empresário e jornalista
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O ano de 2024 chegou e com ele as eleições municipais. Em outubro escolheremos os nossos representantes de Pelotas.
A eleição, na verdade e de maneira informal, já começou. Adesivos nos carros, publicações nas redes sociais e reuniões pela cidade dão o tom de pré-campanha. Me agrada novos nomes que podem fazer parte de uma Câmara tão impregnada e sujeita à velha política. Mudar esse cenário pode ser o pontapé inicial para uma nova Pelotas.

Recentemente vimos dois vereadores trocando gentilezas sobre um possível direcionamento de uma demanda da Prefeitura. Mas qual a sua dúvida? Você tem certeza que um membro da Câmara enraizado e erradicado em um determinado bairro olhará para outro com o mesmo "carinho"? E essa atitude? Está certa ou errada? Fuja da política e analise com a razão.

O que me incomoda é o momento em que essa roupa suja está sendo lavada e exposta, uma vez que sabemos que há uma normalidade nesses atos. Ora, senhores e senhoras, isso sempre aconteceu, mas por óbvio deverá aparecer com maior frequência nesse instante, pois estamos às vésperas de uma eleição. É o delicioso jogo político e seus velhos macetes. Um vereador pensar no seu bairro é racional. Não foi daquele local a maioria dos seus votos? Aqui, volto a repetir: legislados sempre puxarão a brasa para o seu assado. Não é diferente em Brasília, com o nosso Deputado Federal. O único que não dá valor para sua votação, diga-se de passagem bem expressiva, chama-se Eduardo Leite - em quase seis anos de governo não conseguiu colocar em Pelotas, sequer, uma carrocinha de cachorro quente.

Eleitores, tenham precaução; é hora dos cafés em bairros, de promessas vazias e sem fundamento e nem estou falando do novo Pronto Socorro que já foi pauta há quatro anos. É hora do "se você me ajudar, te coloco lá para trabalhar", e nem estou falando do Sanep. É hora do "você me apoia"? Que me cheira o mais correto, pois política se faz, ou deveria ser feita, com apoio orgânico e não com aquele que tem um "preço" no final. É muita coisa para o leitor. Estão à mercê de bons e maus bombardeios, grupos de WhatsApp, enfim...

Por outro lado, os pré-candidatos precisarão rebolar; a discrepância de valores para uma campanha é absurda e contraditória. Como seria interessante se os montantes para uma campanha fossem os mesmos. Todavia, por vezes, viajo em minhas utopias. Já marquei um psicólogo, inclusive. Não há política igualitária, em nenhum braço; seja de esquerda, de centro ou de direita. Todos querem mais! A política é, sem dúvida, um dos mercados mais rentáveis do planeta.

É delicada e quase passa despercebida a compreensão entre um político bom e honesto com um desonesto que visa apenas o seu umbigo. Entendo você, eleitor. Por vezes, meros mortais, são grandes atores que se escondem por de trás da política, a deixando ainda mais manchada e sem credibilidade. Promessas sempre foram uma arma tentadora, por outro lado, não venda o seu voto por possibilidades vazias. Estude o seu candidato, sua caminhada, se é uma pessoa do bem e se está lhe vendendo um produto bom e plausível, que você pode "tocar". Do contrário, você estará na mesma bacia daqueles políticos "não gratos" por onde passam.

Vocês não têm ideia dos valores que move a aproximação de uma eleição. Não há cifras imagináveis. É nesse momento que se oferece um "terreno no céu", tenha muito cuidado. Podem apostar: um candidato poderá lhe oferecer a própria alma em troca de votos. Tudo pode acontecer e eles acreditam que todos têm um preço e que sua moral, ética e princípios também têm.
"A política brasileira beira o abandono do que entende-se por correto".

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